O mercado da energia solar está a crescer ano após ano a um ritmo imparável. Os últimos dados do relatório Ren 21 mostram um avanço exponencial da energia fotovoltaica a nível mundial, passando dos 2,6GW instalados em 2004 aos 177GW em 2014. Por isso, para atender a uma procura que continua a crescer, a própria indústria solar teve que se adaptar, oferecendo soluções cada vez mais completas a um preço que é cada vez mais competitivo. Esta é a tendêcia de productos como os inversores fotovoltaicos, que se viram obrigados a evoluir a uma velocidade rápida para satisfazer as necessidades de um âmbito que está em contínua mudança.
Fonte: Kostal
Devido ao crescente protagonismo do autoconsumo fotovoltaico, aos fabricantes de conversores solares não lhes basta ter um portfólio de qualiddde a um preço acessível. Agora o objectivo fixa-se em ganhar a corrida pela eficiência. Os melhores equipamentos de potência do mercado trabalham já com parâmetros de eficiência próximos aos 99%.
Mais abaixo, vamos expor uma comparação entre as marcas e modelos de inversores fotovoltaicos mais destacados do panorama actual, falaremos das tecnologias predominantes e, por último, dos equipamentos de monitorização e acumuladores solares que são sempre um valor acrescentado para as instalações fotovoltaicas.
No mercado de inversores solares não apenas evoluiram os produtores e os clientes, os últimos com maiores conhecimentos e a exigência de melhores produtos, como também – e necesariamente – a tecnologia. Neste sentido, muitas das expectativas para os próximos anos estão depositadas no carboneto de silicio, um material que apresenta menos perdas de potência comparativamente aos painéis fotovoltaicos actuais fabricados com silicio, e isso traduz-se no aumento de eficiência, frequências mais elevadas e maior facilidade de fabricação. Outras vantagens são a sua capacidade para operar com temperaturas superiores aos 250ºC e o seu tamanho reduzido.
A nota negativa é que não se trata, de momento, de uma tecnologia madura, pelo que o seu preço continua a ser pouco competitivo. Apesar disso, empresas como a Kaco e a SMA estão a dedicar grande parte dos seus recursos à investigação e desenvolvimento do carboneto de silicio, claro candidato a substituir o silicio num futuro próximo, o que seria uma verdadeira revolução para a indústria dos equipamentos de potência.
Por outro lado, mantendo os foco na eficiência, devemos falar dos MPPT. É recomendável que os inversores fotovoltaicos possuam mais do que um MPPT para suprir as desvantagens que podem gerar as sombras, o uso de distintos tipos de painéis solares ou as mudanças de radiação entre as diferentes strings. Esta sugestão não é imprescindivel em grandes instalações fotovoltaicas, naquelas em que os geradores estão alinhados em perfeita simetria e a radiação é a mesma para todos, mas sim parece propriada para sistemas domésticos de autoconsumo FV, colocados em telhados com orientação este-oeste, onde a procura energética é mais elevada durante as primeiras horas da manhã e as últimas da tarde. A maioria dos conversores solares do mercado contam com apenas um MPPT, mas modelos como o Piko 5.5 DCS INT da Kostal ou o FLX Pro da SMA oferecem até três. A Bosch Power Tec anunciou o lançamento do primeiro equipamento com quatro MPPT.
Outro exemplo de confiança da destacada evolução dos inversores fotovoltaicos encontramo-la nos sistemas de monitorização que cada vez mais fabricantes integram nos seus produtos. A possibilidade de medir e transmitir em tempo real dos dados de produção e consumo de energia solar é uma grande vantagem e um enorme avanço que permite ao cliente ter um controlo exaustivo da sua instalação fotovoltaica. Do mesmo modo, ajuda a prevenir possíveis falhas no sistema, pois o utilizador tem acesso a um portal web que o avisará em tempo real de qualquer possível anomalia. Estes sistemas de comunicação já estão muito massificados, e empresas como a SMA, Kaco ou a Victron destacam-se pelas suas múltiplas soluções neste âmbito. Outros fabricantes de inversores solares não contam com equipamentos de monitorização dentro do seu portfólio, pelo que é recomendável ter em conta a marca Solare Datensysteme, que fabrica o Solar-Log, um sistema de comunicação muito completo e compatível com a grande maioria dos conversores de potência do mercado.
O último dos pontos em que devemos focar-nos quando falamos dos inversores solares é o dos acumuladores fotovoltaicos. Juntos, estes dois produtos formam um tandem que abre a porta de par em par ao autoconsumo de energia solar e que, com a chegada e a consolidação das baterias de iões de lítio – como as anunciadas recentemente pela Tesla – significa uma magnífica oportunidade para começar a assentar as bases de um novo modelo energético, muito mais sustentável e em respeito do meio ambiente.
O interesse pelos acumuladores solares continua a aumentar, e as marcas de conversores de potência são bem conscientes disso (por exemplo, a Kostal e SMA já oferecem sistemas com baterias solares de iões de lítio: o Piko BA System e o Sunny Boy Smart Energy, respectivamente). Os seus esforços constantes para produzir equipamentos cada vez mais eficientes e versáteis, compatibilizando-os com o uso de sistemas de armazenamento para promover o auto consumo, põe como manifesto que esta é a única via possível se esperamos aumentar a contribuição da energia fotovoltaica no mix energético e, pouco a pouco, construir um futuro mais verde. O futuro do sector da energia solar passa por oferecer soluções rentáveis de armazenamento, razão pela qual a Tesla prometeu que irá revolucionar o mercado.
Em qualquer caso, uma coisa fica clara: a indústria fotovoltaica está preparada para uma concorrência cada vez mais feroz, fazendo evoluir a tecnologia dos inversores solares, acumuladores fotovoltaicos e demais produtos relacionados, baixando ainda mais os preços de uma instalação solar. Mesmo assim, ficará muito caminho por percorrer. Não obstante, todos estes esforços serão em vão se as autoridades políticas e os actores principais da economia não fizerem uma aposta clara, firme e decidida pelas energias renováveis. Quanto a este ultimo ponto, lamentavelmente, não ocorre em Espanha, onde muito longe de favorecer o autoconsumo fotovoltaico, se quer penalizar com abusivos e injustos impostos que nos convertem na piada de todo o mundo.
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